Simples Poesia

"A poesia, por pouco que se queira descer em si mesmo, interrogar sua alma, evocar suas lembranças de entusiasmo, não tem outro objectivo a não ser ela mesma, não pode ter outro, e nenhum poema será tão grande, tão nobre, tão verdadeiramente digno do nome de poema, quanto aquele que foi escrito unicamente pelo prazer de escrever um poema."- Charles Baudelaire-

sábado, abril 17, 2004

Parece não existir alegria
neste mundo grande e nefasto
A verdade é muito sombria
Para que se lhe consiga saber o rasto

Esconde-se por trás de cada ser
Que nem ele por vezes sabe distinguir
Move-se em silêncio sem ninguém saber
À mentira acaba às vezes por sorrir

Confundem! Destroem a minha mente!
Nem saber qual é a minha verdade
E o prazer que por isso ela sente
põe em duvida alguma da minha sanidade

Quem sabe o que está por trás
de cada palavra, gesto ou acção?
Será um espírito mordaz
A quem dá prazer a nossa confusão?

terça-feira, abril 13, 2004

Quem sabe a verdade sobre ti?
Eu não consigo saber
Duvido que seja alguém que eu vi
És capaz de me dizer?

-Não, também eu não sei
Nem sei nada sobre ti
Nem sei se algum dia saberei
Eu algum dia te vi?

Mas quem és tu e porque estás aqui?
Ainda agora não eras tu
Foi um outro que eu vi...

CALEM-SE! Calem-se todos por favor
Há em mim lugar para todos
A nenhum guardarei rancor
por fazer dos outros tolos

segunda-feira, abril 05, 2004

Escrever o que sinto
Sentir o que escrevo
Não! Eu não vos minto
só preciso de sossego.

Eu preciso de paz interior
e dizer o que me vai na alma
e extravasar para o exterior
o que realmente me acalma

As estrelas acalmam-me
os pássaros também
e conseguem ajudar-me
a eu ser ninguém

Ser ninguém é importante
Pra me conseguir encontrar
mas se há coisa irritante
é ser um ser vulgar

Por isso escrevo
para quem quiser ler
sem nunca ter medo
do que possa vir a sofrer